segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Sustentabilidade nas IPSS

A questão da sustentabilidade ou a sua ausência no seio das Organizações da Economia Social é o principal motivo que incita à execução de projetos de investimento.
Nos últimos anos Portugal vem enfrentando um dos seus maiores desafios, registando as IPSS um contributo fundamental no amortecimento da crise financeira, económica e social junto das populações mais vulneráveis. Também a gestão das IPSS, Associações e Organizações Sem Fins Lucrativos é hoje confrontada com novos desafios, sendo inevitável a emergência de novas formas de pensar, novas formas de agir e novos modelos de gestão.
O novo estatuto das IPSS, de novembro de 2014, incentiva a autonomia financeira, a inovação e o empreendedorismo social no seio das instituições não lucrativas, com o intuito de garantir a sua sustentabilidade financeira, relativamente aos subsídios, parcerias e acordos estabelecidos com o Estado (Segurança Social), devendo encontrar/desenvolver/criar e implementar alternativas como fonte de rendimento.
O que é ser financeiramente sustentável?
1)  Não gerar défices sucessivos e/ou tendenciais.
2)  Conter os seus custos dentro do financiamento disponível, sempre alocado em termos orçamentais.
3)  Perspetivar o impacto na dimensão dos custos, no volume das receitas, ou no financiamento contraído, bem como este é aplicado.

No domínio da Sustentabilidade existem desafios que são colocados às Organizações de Economia Social:
I – Viabilidade – Subsistência
O principal objetivo passa por medir e reportar todos os seus desempenhos através do recurso a ferramentas e instrumentos de apoio à gestão para melhorar a sua capacidade de autodiagnóstico e desenvolver rigorosas análises estratégicas.
A diversificação das suas fontes de receitas e financiamento, permite às IPSS ter autonomia e independência financeira.
Predominância de uma comunicação eficiente e de qualidade, ao nível da vertente financeira.

II – Atuação – Complementaridade
A forma de atuação/intervenção mais eficaz que contribui, de modo significativo, para a sustentabilidade, implica a existência de um trabalho em rede, ou seja, uma oferta de serviços realizados com outras instituições parceiras e grupos congéneres (partilha de recursos/sinergias), operacionalização de uma Rede Social (União IPSS local), adotação de uma atitude mobilizadora da sociedade civil e difundir um marketing social na promoção da “marca”.

III – Estratégia – Ação
A definição de uma estratégia assume um papel fundamental no sucesso da gestão financeira nas atividades desenvolvidas pelas IPSS. O facto de estas possuírem uma visão estratégica, aliada à gestão financeira e a alguma criatividade (q.b.), permite descobrir e identificar oportunidades e explorar/contrariar novas alianças estratégicas.

Nas IPSS o alcance da sustentabilidade é, claramente, um desafio para a mudança que contribui diretamente para a melhoria da qualidade dos serviços prestados, bem como, da diversificação dos mesmos. As instituições estão recetivas em diversificar fontes de financiamento através da implementação e execução de outras atividades alicerçadas às respostas sociais existentes.

É no seguimento deste contexto e com o intuito de alcançar o patamar da sustentabilidade que as Organizações da Economia Social aguardam pela abertura de diversas candidaturas ao Portugal 2020, designadamente, entre outros:
Programa de Capacitação para o Investimento Social
Eficiência Energética nas Empresas
Equipamentos Sociais

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