O
trabalho em parceria com outras IPSS (Instituições Particulares de
Solidariedade Social) tem vindo a ser impulsionado com o intuito de articular o
trabalho dos e das profissionais e a maximização do uso dos recursos para
assegurar um maior apoio a clientes em situação de vulnerabilidade social e
suas famílias, com o menor dispêndio de recursos possível.
O
trabalho em parceria permite um conhecimento integrado, completo, abrangente e
multidimensional das questões a trabalhar, uma vez que (re)une esforços e
competências, maximiza recursos e complementa capacidades de entendimento e
resposta. Por vezes, os/as técnicos/as deparam-se com alguns constrangimentos
na prossecução dos trabalhos a realizar, nomeadamente na divisão/especialização
de tarefas a executar e na difícil articulação institucional.
Os
grandes objetivos do trabalho em rede (parcerias) passam pela eliminação da
sobreposição de serviços, equipamentos e recursos dirigidos aos/às mesmos/as
destinatários/as e o alcance de uma maior especialização, qualidade e eficácia
dos serviços prestados.
Para
que estes objetivos se realizem é imprescindível às IPSS:
1. Intensificar
o diálogo e a cooperação entre instituições;
2. Mobilizar/sensibilizar
a sociedade civil envolvente;
3. Organizar
grupos de trabalho por áreas temáticas de modo a planear estratégias
alicerçadas aos problemas sociais identificados;
4. Desenvolver/implementar
ferramentas de trabalho comuns a todos os parceiros;
5. Partilhar
junto dos parceiros os objetivos de cada IPSS e as linhas de atuação que
pretendem seguir para, conjuntamente, haver um enquadramento pacífico e
integrado;
6. Promover,
no seio dos parceiros, encontros periódicos para atualização da informação e da
realidade social;
7. Elaborar,
conjuntamente, um plano de necessidades formativas para implementar ações de
formação/sensibilização/informação junto de colaboradores/as, clientes,
familiares, cuidadores/as e sociedade em geral.
Esta
iniciativa formativa surte maiores e melhores resultados se as IPSS se unirem
na constituição de turmas, porque, desta forma, conseguem o número suficiente
de formandos/as para qualquer área de interesse, o que dificilmente seria
possível a título individual (cozinha, jardinagem, lavandaria,
animação, administrativa, gestão recursos humanos…);
8. Aumentar
e responsabilizar o envolvimento dos parceiros na realização de atividades
comuns;
9. Esclarecer,
entre os parceiros, o limite/teor da confidencialidade e sigilo profissionais
na prossecução das suas intervenções/atividades;
10. Realizar,
frequentemente, reuniões de trabalho para melhor
planear/acompanhar/atuar/prever/intervir/avaliar as intervenções realizadas;
11. Comemorar/festejar
datas temáticas em conjunto, com o intuito de reforçar e fortalecer as
parcerias, maximizando e dinamizando recursos;
12. Elevar
e reforçar a expressão/influência junto do poder político e do setor público no
sentido de os sensibilizar das suas necessidades, bem como no alcance dos seus
objetivos;
13. Apostar
na existência de um marketing social trabalhado em rede, traduzindo-se numa
mais-valia para todos os parceiros, no sentido de darem a conhecer os seus
serviços, bem como o seu trabalho e a possibilidade de captarem apoios,
monetários ou não, junto de empresas, privados ou outras organizações;
14. Criação
de um banco de voluntariado em rede.
O
caminho para o alcance da sustentabilidade nas IPSS passa pela
existência/reforço de parcerias com outras IPSS, com outros agentes sociais,
privados ou públicos. A implementação de parcerias no setor social traduz a
possibilidade de fazer mais e melhor, com menos recursos. O projeto de uma entidade pode ser o projeto de muitas ou de todas. As
IPSS têm de ter capacidade de atrair novos parceiros, de se abrir e de conquistar
visibilidade na implementação de novos desafios/objetivos em prol da
sustentabilidade.
Ao
longo dos seus 24 anos de atividade a Multiaveiro desenvolveu um importante
trabalho na formação dirigida a IPSS, diagnosticando as suas necessidades e
desenvolvendo intervenções formativas à medida, intra e inter, para este
segmento de clientes.
Neste
momento, conjuntamente com as equipas de trabalho das IPSS clientes e
potenciais clientes, a Multiaveiro encontra-se a preparar um plano formativo à
medida das necessidades evidenciadas pelas instituições, estando prevista a
abertura de candidaturas ao Portugal 2020 (Qualificação dos Ativos) para o presente
mês de junho.
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