Muito se tem dito, e escrito, sobre a
criatividade! Muitas são as perspetivas inerentes a esta matéria tão em voga em
diferentes contextos e nomeadamente no da gestão organizacional. Normalmente associada
à criatividade, aparece a inovação, importando talvez como ponto de partida
sintetizar o que de forma mais geral distingue os dois vocábulos quase
inseparáveis.
A criatividade acontece enquanto um
processo mental de geração de novas ideias individualmente ou em grupo, ou
seja, pensar coisas novas; já a
inovação é a implementação de ideias
criativas com a finalidade de gerar valor, ou seja, fazer coisas novas e valiosas! Então
num processo inovador a criatividade é a matéria-prima por excelência!
Para ser criativo/a não é necessário ser
erudito/a, génio/a ou mesmo louco/a, como fazem sugerir algumas ideias
preconcebidas que frequentemente se associam à responsabilidade das maiores
invenções da humanidade!
Sabe-se hoje que aos 5 anos somos mais criativos/as
do que aos 25 anos, dado que à medida que crescemos desaprendemos a ser
criativos/as, pela ação de múltiplos bloqueios à nossa criatividade os quais
podem ser ambientais, culturais, de perceção, emocionais, intelectuais ou de
comunicação. A boa notícia é que a
criatividade pode ser (re)aprendida e que existem ferramentas de
criatividade, mas também que a criatividade pode ser estimulada pelo ambiente
organizacional.
As empresas de cultura mais flexível, onde
o enfoque não se encontra apenas nos resultados, são empresas que tendem a
desenvolver a inovação ao nível dos seus processos operacionais e de gestão. As empresas que se preocupam em estimular a
criatividade geralmente são as que tendem a apresentar melhores resultados nos
seus balanços e também em momentos de maior tensão, como, por exemplo, em
momentos de crise, onde das dificuldades emergem oportunidades de melhoria, de
negócios e de mercado.
Valorizar e potenciar uma envolvente
criativa dentro da empresa ou organização tem inerente a ocorrência de possibilidades
acrescidas de crescimento, ao mesmo tempo em que apoia no desenvolvimento profissional
de colaboradores e colaboradoras que participam no processo, e que são
chamados/as a sugerir ideias e dar opiniões, expressando a sua criatividade,
autonomia e confiança.
Poderemos identificar alguns dos
principais fatores de estímulo à criatividade organizacional:
i) Envolver
continuamente os recursos humanos e acreditar no seu potencial: conhecer e
valorizar as aptidões, características e motivações dos elementos da equipa e
permitir que realizem tarefas e projetos diferentes dos habituais; permitir que
os /as colaboradores desenvolvam as suas próprias áreas de interesse no
conjunto das atividades organizacionais.
ii) Incentivar
a proatividade: valorizar e apoiar as soluções propostas pelos colaboradores
e pelas colaboradoras na resolução de problemas existentes; implementar
projetos propostos pelos/as próprios/as colaboradores/as, disponibilizando os
recursos necessários; reconhecer os esforços das pessoas que executam suas
tarefas eficientemente e sempre além do que lhe é pedido.
iii) Promover
a liderança participativa: possibilitar que os/as colaboradores/as participem em determinadas
decisões que envolvem o futuro da empresa/organização e do seu trabalho,
fixando como importantes tais contributos na geração das estratégias da
empresa.
iv) Apoiar
e estimular o trabalho em equipa: afirmar continuamente a complementaridade dos contributos
individuais nos resultados alcançados; estimular a troca e o espírito de
entreajuda promovendo a rotatividade entre recursos humanos na constituição das
equipas de trabalho; estimular a promoção e participação em momentos de
descontração e lazer.
Não obstante o exercício da criatividade
poder ser estimulado pela gestão organizacional, parece importante admitir que
as pessoas alcançam níveis de concretização criativa muito diferente, sendo que
a valorização e motivação pessoal
para essa concretização também varia de pessoa para pessoa, o que acontece
frequentemente em função da ambição em se desenvolver profissionalmente.
Um ambiente onde as pessoas não são
criativas nem são estimuladas a desenvolver a criatividade, tende a observar
algumas consequências menos positivas para a organização e seus elementos. O vazio de ideias, a inércia e a acomodação
revelam-se quase sempre geradores de desmotivação e fragilidade da empresa.
A Multiaveiro congratula-se por ter uma
equipa multidisciplinar onde a criatividade se tem afirmado ao longo dos anos
de atividade como uma forma de (des)envolvimento nos diferentes processos
organizacionais internos e dos seus recursos humanos, tendo sido esta postura
fundamental inclusivamente na implementação de novas áreas de trabalho e de
negócio. Também na vertente externa, a prestação dos serviços se baseia na
implementação de soluções criativas e inovadoras á medida das necessidades dos
clientes institucionais, na formação, na consultoria técnica e nos projetos de
investimento.
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